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Estudo Revela: Expansão de Ciclovias Não Aumenta Número de Ciclistas

Uma análise da EACH-USP e Fapesp revela desafios na promoção do ciclismo urbano

Apesar do aumento significativo das ciclovias na capital paulista, estudos da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP), com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), indicam que tal expansão não resultou no aumento esperado do número de ciclistas. A pesquisa, publicada na revista Preventive Medicine Reports em janeiro, destaca a necessidade de implementação de políticas públicas que incentivem, especialmente, o uso da bicicleta entre mulheres de meia-idade residentes nas periferias.

O perfil do ciclista paulistano

Um levantamento feito com 1.500 pessoas em 2015 mostrou que apenas 5% utilizavam a bicicleta como meio de transporte. Mesmo após um aumento de 67,7% na quilometragem de ciclovias e ciclofaixas até 2020, esse percentual permaneceu praticamente inalterado. A pesquisa aponta uma predominância masculina entre os ciclistas, contrastando com a participação feminina de apenas 13%.

A necessidade de políticas públicas inclusivas

Alex Florindo, professor da EACH-USP, ressalta a importância de ir além da infraestrutura, propondo políticas que contemplem as necessidades específicas das mulheres que moram nas periferias. “Garantir espaço para os ciclistas é apenas o começo. É fundamental incentivar o uso das bicicletas por meio de políticas públicas direcionadas,” afirma Florindo.

Saúde pública e atividades físicas

Além dos benefícios ao meio ambiente e à mobilidade urbana, a prática do ciclismo contribui significativamente para a saúde pública. Um estudo relacionado, também conduzido pela equipe de Florindo e publicado na revista Estudos Avançados da USP, investigou como a proximidade de ciclovias afeta a prática de atividades físicas de lazer, como caminhadas e corridas, podendo prevenir doenças como a hipertensão arterial. Este problema de saúde afeta mais de um quarto da população adulta nas capitais brasileiras, segundo o Vigitel.

Desigualdades persistentes

Apesar dos benefícios evidentes, os estudos revelam uma desigualdade no acesso às ciclovias e na prática de atividades físicas, especialmente entre mulheres e pessoas com menor escolaridade. A concentração de ciclovias nas regiões centrais de São Paulo e a escassez nas periferias reforçam a necessidade de políticas públicas que promovam a igualdade de acesso e incentivem a utilização da bicicleta como um meio de transporte saudável e sustentável para todos.

Em busca de soluções

Os pesquisadores, agora, avançam para a terceira etapa de coleta de dados, abrangendo os anos de 2023 e 2024, com a esperança de identificar mudanças positivas no uso da bicicleta em São Paulo. Os resultados desses estudos sublinham a importância de estratégias integradas que considerem fatores individuais, sociais, demográficos e ambientais para promover o ciclismo urbano como parte essencial da mobilidade e do bem-estar da população.

Fonte original: Agência FAPESP, www.saopaulo.sp.gov.br

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